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Reflexões sobre o texto "Os ultra-ricos preparam um mundo pós-humano"


Após a leitura do texto, alguns questionamentos sobre a dualidade da tecnologia me ocorreram. Temos a tendência de nos mantermos em nosso ambiente de conforto e a ideia de ter que  deixa-lo em prol de algo que não esta nós  atingindo (pelo menos ainda) não é muito agradável. Pra uma geração que cresceu acompanhada pelo desenvolvimento tecnológico, a tecnologia esta intrínseca na nossa identidade, sendo ela capaz de ditar com quem nos relacionamos, o que lemos, o que ouvimos, enfim,  o que vivemos. E creio que por estarmos tão acostumados com isso, ao ponto de parecer natural, não criticamos o quão agressiva a tecnologia pode se apresentar.

Através da análise do grupo sobre a relação trabalho e tecnologia, outros elementos também  tornaram-se evidentes.  É notável que a forma de trabalho foi se alterando ao longo dos anos, sendo a tecnologia um fator  de influência nessa transformação. Um exemplo claro desse caso é a uberização. A Uber nada mais é do que uma grande empresa com milhares de funcionários a seu dispor, cumprindo em média 12 horas diárias e não tendo esses nenhum direito trabalhista garantido. Obviamente, para quem procura um emprego, é uma solução viável aderir ao sistema do aplicativo. Entretanto, as condições de trabalho fornecidas são precárias e  a empresa não possui nenhuma responsabilidade oficial sobre a situação. Nesse caso, a tecnologia se apresentou como um retrocesso aos direitos trabalhistas.

Outro aspecto destacado pelo grupo foi sobre a relação patrão - empregado. Como mencionado no texto, os patrões,  em grande parte das vezes, veem os funcionários apenas como mercadorias pelas quais se paga um preço em troca de um serviço, nada além de um simples produto. O lado humano é ignorado e as pessoas se tornam objetos. E assim como os objetos, quando não são considerados úteis são simplesmente descartados e substituídos.

Por fim debateu-se também sobre a natureza egoísta das pessoas de grande poder aquisitivo, geralmente donos de multinacionais. Esses indivíduos possuem recursos financeiros suficientes para buscarem soluções/melhorias para as questões coletivas, tais como os problemas ambientais. Entretanto o que se vê é apenas uma preocupação individualista, baseada apenas na tentativa de assegurar os próprios  interesses pessoais

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